5 coleções que mostram que a moda sustentável é o estilo do futuro (a começar agora)

Coleções sustentáveis que são um “must-have” para receber o calor

Verney

Apesar de o ano ser marcado pela pandemia, a marca portuguesa de calçado sustentável Verney, não deixa de querer inovar e, desta vez, decidiu desenvolver modelos feitos a partir de canábis e maçãs. Uma escolha surpreendente, mas que vinca os valores fortes da marca no que diz respeito à proteção do meio ambiente. A marca continua a apostar na produção de sapatos feitos a partir de resíduos prevenientes de outras indústrias com o objetivo de promover a economia circular. Esta linha é composta por sandálias e ténis que aposta em cores sólidas e nos modelos intemporais. Pode encontrar esta coleção irreverente aqui ou nas lojas The Feeting Room.

UGG

 

A nova coleção da marca para além de ser sustentável, é adorável! As sandálias mais famosas da marca Fluff Plant Power são compostas por materiais de origem vegetal como cana-de-açúcar reciclada e Tencel. A linha foi criada com foco na consciência ambiental, através de materiais que têm um impacto reduzido ao nível das emissões de carbono geradas pela sua produção e associação a plantações sustentáveis. Para além do conforto inegável, são super estilosas!

Nomalism

A marca portuguesa situada no coração de Campo de Ourique, Nomalism, lança a sua primeira coleção de tecidos com fibras 100% recicladas. Tendo como valores a sustentabilidade, inovação, beleza e integridade, a nova coleção garante a mesma qualidade dos produtos, mas agora com uma maior preocupação pelo meio ambiente. Disponível em 17 cores, trata-se de um tecido composto por 14% linho e 86% algodão certificado pelo Global Recycled Standard. O tecido custa 18,95€/m e pode ser adquirido na loja online da Nomalism ou na loja física em Campo de Ourique.

Alain Afflelou

A nova coleção Magic Eco-Friendly, da rede ótica Alain Afflelou, destaca-se pela sua vertente sustentável, com modelos diferentes e lentes magnéticas exclusivas de diferentes formas e cores, fabricados através de materiais biológicos, derivados de recursos renováveis. A marca utiliza óleo de ricínio, um composto menos poluente, com inúmeras vantagens ambientais para a armação dos óculos. Também as lentes e o estojo desta coleção, que é composta por cinco modelos em várias cores para adultos e seis modelos em duas cores para crianças, são fabricados em material reciclado.

Springfield

A marca de moda casualwear apresentou cinco coleções versáteis e coloridas para viver com intensidade as estações quentes: Comfeeling, Icons, Linho, Summer loop que inclui vestidos e polos e a coleção Demin. A coleção Comfeeling aposta nos básicos, peças confortáveis e versáteis para looks flexíveis que se adaptam às novas rotinas diárias. A maioria dos materiais utilizados encontram-se sob a etiqueta R[ECO]NSIDER da Springfield, feitos com fibras naturais ou recicladas. A coleção Icons, exclusiva para homens, combina a versatilidade, qualidade/preço e sustentabilidade. Continua a apostar e num guarda-roupa intemporal, com personalidade própria. A coleção Linho, surge com uma grande novidade da marca: as peças desta coleção são feitas com linho 100% orgânico, destacando-se assim pelo seu caráter sustentável. Este material para além de ser o ideal para os dias de calor, é duradouro e versátil. Por último, a coleção Demin, tem uma forte vertente sustentável, tendo como base a poupança de água e energia utilizado na confeção das peças. Aliando o compromisso às tendências da moda, 80% das calças da marca são feitas de forma sustentável.

 

Fonte: Activa.Sapo.pt

Béhen, de Joana Duarte, transforma enxovais em moda

100% digital, mas tão atento a novos nomes como sempre, o evento mostrou o trabalho de uma designer de moda que abriu as arcas da avó e descobriu o seu caminho.

Béhen significa irmã em hindi, é uma marca portuguesa que se apresentou na ModaLisboa e nunca esteve nos planos da sua criadora. Joana Duarte, a designer de moda nos bastidores do projeto acreditava que o futuro estaria numa casa de moda internacional depois do mestrado em Londres. Mas uma viagem à Índia, as recordações de infância e uma colcha adamascada que virou casaco mudaram a história.

Na coleção, explica a autora, “foco-me muito no enxoval, todas as minhas peças são feitas com tecidos antigos”, explica. Pegue-se num dos looks – calças e casaco estampados debruado com pelo amarelo – que apresentou na ModaLisboa e Joana conta a sua história: “É uma colcha, tipo tapeçaria, de veludo, que foi reaproveitada. O pelo amarelo vem de um casaco em segunda mão que comprei online.”

A história da Béhen começa com a avó de Joana, com quem ela sempre se habituou a visitar feiras de antiguidades, procurar tecidos, botões e etc. “Aprendi com ela como se via se o linho era de boa qualidade”. Essa experiência era apenas memória até que o mestrado em Londres (após a licenciatura em moda em Portugal) a fez perceber que o seu trabalho teria de envolver a palavra sustentável. “Tive uma crise existencial em que estava contra ser designer de moda quando já havia tantos, estava pronta para ir para outra área”, conta. “Fui a uma feira com a minha mãe e avó e vi uma colcha de um tecido adamascado muito bonito e pensei que podia fazer alguma coisa, sem poluir o planeta e sem usar tecidos novos”. Fez um casaco. E numa viagem à Índia apareceu a resposta que (ainda) faltava.

“Na Índia aprendi sobre saris que passam de geração em geração. Lembrei-me que tinha o mesmo em casa, lembrava-me das arcas”, diz, e continua: “Foi pegar no que estava nas arcas e transformar em peças”. Nasceu a Béhen: “É a minha história e a de muitas mulheres”.

Joana Duarte, 25 anos, oriunda de Santarém, foi uma das designers de moda que abriu esta quinta-feira mais uma edição da ModaLisboa, a 56.ª dos seus 30 anos de vida e a Béhen é “uma marca criada na pandemia”. Joana Duarte di-lo a rir, como que antecipando a pergunta que se segue: por que razão lançou alguma coisa no momento mais difícil? “É um desafio ainda maior conseguir que o projeto ande para a frente”.

Béhen só usa o que já existe. “Tenho de trabalhar com o que existe, mas também vou aprendendo sobre o que vai aparecer, agora estamos na época disto ou daquilo”, refere. Joana Duarte continua a frequentar feiras e, em tempo de confinamento, online. “Vem de França, de Inglaterra, chegam-me sugestões por whatsapp, são centenas de contactos, mandam-me fotos e passam a palavra. Ainda ontem estive a ver fotos de um enxoval”, conta.

O projeto é sustentável por conceito e, no âmbito de uma parceria com a Fundação Aga Khan, envolve mulheres do mundo inteiro que trazem as suas competências – costura e bordado, por exemplo. Pode não ficar por aqui. “Aprendi a não nos deixarmos apaixonar pelo projeto, mas pelo conceito. A minha paixão pela sustentabilidade e envolver mulheres do mundo inteiro”, diz. “A Béhen é uma semente dos valores que quero trabalhar”.

É a terceira vez que Joana Duarte mostra o que vale na ModaLisboa. “A primeira vez foi em março de 2020, uma workstation com seis looks, “uma semana antes de nos mandarem para casa”, a segunda em outubro com muito pouco público e agora em abril, só online”. “Nunca fiz a mesma coisa duas vezes”, nota. “Nunca tive a experiência da sala cheia, aquele frufru social”, acrescenta.

O programa continua esta sexta-feira, sábado e domingo, sempre online no site da ModaLisboa.

 

Fonte: DN.pt

ModaLisboa regressa em Março com a comunidade como pilar

Comunidade será o tema da próxima ModaLisboa. Marcada para entre os dias 10 e 14 de Março, a iniciativa tem como missão continuar a dar palco aos talentos da moda em Portugal, sem colocar em risco a segurança. Por isso mesmo, a nova edição será totalmente digital.

A ModaLisboa Comunidade, que conta uma vez mais com a Câmara Municipal de Lisboa como co-organizadora, terá como base uma lógica multiformato: os desfiles e demais actividades do evento serão transmitidos através do site, aplicação móvel e app para TV (desenvolvida em parceria com a Altice Portugal e apenas disponível para clientes Meo).

“Dizem os poetas que para tudo há uma palavra. Em todas as edições, procuramos encontrar o conjunto de vogais e consoantes que consiga condensar o que somos, quem somos. Hoje, essa palavra, a única palavra, é comunidade”, adianta a organização em comunicado, justificando o mote da nova edição.

A palavra escolhida reflecte a multiplicidade de profissionais que fazem parte do evento e da indústria da moda, que acompanham a ModaLisboa há precisamente 30 anos.

Fonte: https://marketeer.sapo.pt