COLEÇÃO ESPECIAL
Conheça a nossa coleção de estampas da família POPEYE, que conta com todas as personagens, de tudo quanto é tipo de estilo e variadas apresentações.
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Criamos estampas exclusivas com a família Popeye. Eu sou Brutus.
Na segunda edição do prémio atribuído pela C.L.A.S.S., iniciais de Creativity Lifestyle and Sustainable Synergy, em parceria com a IDEE Brand Platform, a Renoon, a White e a WSM, a «peculiaridade vibrante e uma atitude urbana inteligente» da Duarte garantiu-lhe a distinção internacional.
«A Duarte injeta sustentabilidade no streetwear com uma linguagem de estilo ousada, energética, positiva e fresca e valores de sustentabilidade novos. Corresponde perfeitamente à nossa visão quadridimensional da moda», afirma Giusy Bettoni, CEO e fundadora da C.L.A.S.S.. «Acreditamos que uma verdadeira moda de nova geração é uma mistura de estilo, inovação e responsabilidade, mas também exige uma comunicação adequada e boa, a quarta dimensão, para entregar mensagens positivas, autênticas e com valor aos consumidores. A Duarte consegue isso. É tempo de ultrapassar o greenwashing, é tempo de dar voz a designers brilhantes como a Ana», acrescenta.
Os elogios à marca e a Ana Duarte multiplicam-se entre os parceiros da C.L.A.S.S.. Dio Kurazawa, fundador da The Bear Scout e especialista em tendências de moda, salienta que além da sustentabilidade, o que mais o impressiona «é a sua capacidade de criar peças de vestuário que podem ficar lado a lado com as marcas produzidas de forma convencional e destacar-se. Acredito verdadeiramente que precisamos de mais marcas fantásticas que coloquem as pessoas e o planeta em primeiro, sem comprometer a estética».
Alex Albini, CEO da Idee Brand Platform comenta, por seu lado, que «tendo conhecido a Ana e as suas qualidades éticas e morais, compreendemos o quão importante é a sustentabilidade nas suas coleções: ela traz uma frescura e descontração ao streetwear juntamente com responsabilidade. A marca é caracterizada por um design inovador e fresco que cria um estilo de vida contemporâneo ligado a um streetwear sustentável enriquecido por estampados únicos, que resultam numa marca vanguardista que se destaca no mercado português e internacional».
Fundada há cerca de seis anos, a marca tem desfilado as suas propostas na passerelle da ModaLisboa. No início do ano, a Duarte tinha já sido uma das insígnias a beneficiar da parceria da ModaLisboa com a Idee Brand Platform e a sua Sustainable Brand Platform, que ajuda as marcas a avaliar a performance sustentável com recurso a tecnologia blockchain, tendo obtido uma avaliação de 5 em 6 pontos possíveis, conseguida graças a uma produção, tanto das matérias-primas como da confeção, realizada sobretudo em Portugal (95%), a diferentes certificações e aos objetivos delineados para o futuro, que inclui a utilização de mais tecidos reciclados e uma produção com zero resíduos.
Em relação a esta distinção, Ana Duarte acredita que «o C.L.A.S.S. Icon Award é muito mais do que um prémio, é um workshop aberto com profissionais influentes que vão apoiar a Duarte a chegar ao próximo nível e a ser capaz de partilhar a minha visão para a moda responsável».
Para além da mentoria e consultoria em diferentes áreas, o prémio inclui um apoio financeiro de 2.000 euros, dividido em dois cupões, para a aquisição de matérias-primas, e a presença, física e digital, na feira White, que está agendada para setembro.
É a mais recente aposta do Netflix. A entrada da plataforma de streaming no e-commerce foi anunciada esta quinta-feira, com o lançamento da loja a arrancar com colecções de streetwear inspiradas nas séries de anime Yasuke e Eden, sendo esperado que a gama de produtos seja alargada nos próximos meses.
A estratégia abrange, além das colecções de streetwear, produtos de decoração, acessórios e outros tipos de merchandising, que procurarão explorar o potencial das séries mais populares da plataforma como Stranger Things, The Witcher, Bridgerton, La Casa de Papel ou Lupin, entre outras. Para o final deste mês está já prevista uma colecção de produtos associada à série de produção francesa.
Actualmente disponível em exclusivo no mercado norte-americano, a loja online do Netflix deverá chegar a outros mercados “nos próximos meses”. “Estamos sempre a analisar como podemos expandir o mundo das nossas histórias para os fãs, desde roupa e acessórios a brinquedos, passando por eventos e jogos imersivos”, referiu Josh Simon, vice-presidente para a área de consumer products da plataforma de streaming, durante a apresentação da loja online, explicando que se trata de uma forma de “proporcionar aos fãs uma nova forma de criarem ligação com as suas histórias preferidas e introduzi-los à próxima geração de artistas e designers que abraçam o poder do storytelling em todos os seus formatos”.
Fonte: MeiosEPublicidade.pt
Com o retorno da Balenciaga ao seleto grupo de “Haute Couture”, expressão que só pode ser usada pelas grifes autorizadas pela federação oficial da alta-costura de Paris, parece que as marcas querem rejuvenescer e ouvir o que as ruas pedem.
Claro que os looks de tapetes vermelhos, feitos de forma exclusiva e com técnicas refinadas de costura e de bordados à mão, continuam lá. E não poderia ser diferente, porque é um dos requisitos necessários para que a marca possa desfilar na semana dedicada à alta-costura.
Mas t-shirts, jaquetas, jeans e até blusas de tricô, terninhos (masculinos, femininos e sem gênero) passearam pelas passarelas da alta-costura, nessa mudança tão necessária nos parâmetros da moda que os tempos atuais pedem. Peças essas também construídas com todas as técnicas de “couture”.
E por que a volta de Balenciaga à alta-costura é realmente um divisor de águas na alta-costura? Porque o estilista Demma Gvasalia tem traçado os rumos da moda, traduzindo as aspirações das ruas, desde que lançou em 2014 a Vetements, com suas peças amplas e confortáveis, que se mantêm até hoje. Em 2015, assumiu a direção criativa da Balenciaga e, após 53 anos de ausência, foi o responsável pelo retorno da marca francesa à alta-costura.
No final dos anos 1960, Cristóbal Balenciaga fechou seu ateliê na rua George V, pois não se adaptou às demandas do prêt-à-porter. Em meados dos anos 1980, a marca foi reaberta, mas a volta à “haute couture” aconteceu só nesta quarta-feira (7) no mesmo espaço fechado há cinco décadas. E ao contrário de seu fundador, Demma sabe como ninguém interpretar os novos tempos, sem perder a essência do criador espanhol: looks arquitetônicos, feitos com a maestria de um verdadeiro “couturier”.
Outras grifes também mostraram peças modernas, cheias de atitude e com apelo streetwear. Confira algumas delas
Demma Gvasalia, 40 anos, é o responsável por empregar perfume jovem e atual aos looks de alta-costura da Balenciaga. Mas os internautas não se conformam e muitos indagam se realmente tais peças podem ser consideradas alta-costura. O tempo dirá. Só lembrando que em 2014, Karl Lagerfeld colocou tênis e pochete no desfile. Hoje, todo mundo usa até em eventos de tapete vermelho, como no último Oscar.
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Embora não seja possível prever por completo as preferências dos consumidores do género masculino nesta altura atípica, são várias as tendências que se puderam observar no trabalho recente dos designers e que vão saltar à vista na próxima estação fria, adaptando-se ao próprio estilo e às necessidades dos homens.
Das cores ousadas a um novo twist das malhas, são muitas as novidades apresentadas nas passerelles, físicas e digitais, das casas de moda mais influentes, numa seleção feita pelo Sourcing Journal.
Vermelho escaldante
O poder de usar uma única cor forte como o vermelho chegou às criações dos designers de moda masculina, que decidiram pintar as mais recentes criações masculinas com esta tonalidade como habitualmente fazem para os modelos femininos. Não obstante, adotar um estilo monocromático está longe de ser monótono, uma vez que os coordenados totalmente deste tom foram abraçados por silhuetas distintas como nas criações de Han Kjobenhavn e Alyx. O vermelho deu também um toque retro às propostas de Isabel Marant.
Esta cor também marcou presença em peças mais clássicas como o casaco minimalista da HB Kong e as calças a combinar e ainda no fato da Lemaire que se adequa para o ambiente laboral. Casablanca e Valette, por sua vez, optaram por exibir fatos vermelhos com um toque revolucionário conseguido através de rendas e transparências.
Looks opulentos
Muito antes da série da Netflix “Bridgerton” ter sido um fenómeno e ter impulsionado a procura por artigos mais luxuosos e extravagantes, os designers já se tinham deixado inspirar por esta vibração mais trabalhada que leva a aristocracia a ser tendência no universo de moda masculino. Ainda que os floridos estejam em destaque nas coleções masculinas assim os pastéis e as pérolas, o outono-inverno 2021/2022 é decididamente romântico e sumptuoso, ultrapassando, deste modo, as barreiras de género.
A Etro enriqueceu a coleção com blazers de veludo e malhas a combinar e a Dior Homme deu enfâse às silhuetas militares e aos casacos de pele coloridos. A Takk apresentou uma camisa simples de gola alta e calças plissadas lavanda de perna larga. Estas formas mais exageradas ditam a opulência também na coleção de Angus Chiang, que recorreu igualmente ao brilho com sedas coloridas.
Algumas marcas libertaram-se das silhuetas tradicionais habitualmente vistas nos coordenados masculinos. Arturo Obegero apresentou um macacão de veludo sem alças, com detalhes volumosos e laços semelhantes aos dos embrulhos dos presentes.
Brioni impressionou com um smoking dourado, em que Norbert Stumpfl, diretor de design da casa de moda, desvendou à Vogue como o ouro foi espalhado na seda a partir de uma tecnologia de ondas eletromagnéticas aplicada na etapa de fiação, resultando num tecido com aparência metálica.
Camisolas casuais
Para além de estar presente como uma necessidade na vida atual dos consumidores, o conforto chegou às passerelles sem deixar a elegância de lado. Children of the Discordance é a prova disso, assim como David Catalán, que optou por recorrer a tons mais naturais que complementam o segmento workwear inspirado no denim.
A Officine Generale revelou igualmente propostas de camisolas descontraídas, aliando o estilo casual também apto para ser usado no mundo do trabalho.
Mensagens de esperança
Depois da atipicidade de 2020 na sequência da pandemia, as mensagens transmitidas pelos criadores de moda nas passerelles foram de calma e esperança.
A Uniforme e Walter Van Beirendonck espalharam essa nova ordem de estado e até a Vetements apresentou t-shirts com o lema francês “Liberté, Égalité, Fraternité”.
Malhas aconchegantes
O uso de malhas para a estação fria não é novidade, mas criatividade com peças mais desconstruídas diferenciou as propostas dos designers. A gola larga da Uniforme e a sweater da Hermès incorporaram malhas caneladas de uma nova forma que homenageou o final dos anos 90 e o início dos anos 2000.
A Kolor apostou em cardigans com bainhas irregulares e sweaters desconstruídas com uma aparência clássica. Já Louis Vuitton e a Etude deram uma nova vida às técnicas de tricotagem, enquanto a Alanui e Greg Lauren privilegiaram malhas mais tradicionais.
Escape rural
O escapismo tornou-se mais apreciado principalmente por faixas etárias como a geração Y, que alimentou o gosto por práticas ancestrais durante a pandemia, como por exemplo o fabrico de pão. A vida bucólica tornou-se apelativa, convertendo em tendência uma estética mais clássica e rural.
O escapismo foi amplamente explorado nas coleções masculinas através de conjugações de tons terra como o verde e o bege. Neste âmbito, a Tod’s foi uma das marcas que apostou em casacos com bolsos grandes, mas, sobretudo, funcionais, perante a nova realidade.
Junya Watanabe também apostou em vestuário adequado para o campo, porém vestível no dia a dia. A Carhartt, por seu lado, renovou o tradicional casaco da marca para um estilo mais cómodo.
Minimalismo futuro
A moda masculina tem vindo a antecipar a tendência do minimalismo que, nas atuais circunstâncias, ficou mais acentuada. Por isso, as marcas decidiram realçar os modelos lisos com um toque futurista e sofisticado, como as gabardines e blusões da Fendi ou ainda o casaco manto da Vetements.
De igual forma, a Takk exibe coordenados que navegam nesta onda, com bolsos e fechos minimalistas.
Aventuras urbanas
São várias as marcas que aliam o streetwear a uma vertente mais aventureira, subjacente às atividades ao ar livre. Os casacos puffer coloridos para homem abundaram nas passerelles de Milão e Paris, com formas exageradas e um ar divertido e funcional.
A Maison Mihara Yasuhiro retratou isso mesmo nos seus coordenados e a Loewe transferiu o espírito de aventura para acessórios como chapéus, lenços, meias e bolsas.
Fonte: PortugalTextil.com
Vanessa Friedman, no The New York Times, revelou a surpreendente notícia de que Telfar Clemens, o estilista nova-iorquino mais em voga dos últimos tempos e criador de uma bolsa que causou autêntico furor na indústria, seria o encarregado de vestir a delegação olímpica da Libéria em Tóquio, composta por cinco atletas. Foi um deles, o velocista Emmanuel Matadi, que tomou a iniciativa de entrar em contacto com o estilista após ouvir a sua namorada falar sobre as bolsas de Clemens, filho de pais liberianos que imigraram aos Estados Unidos durante a guerra civil de 1990, quando ele tinha somente cinco anos. O estilista criou uma coleção de até setenta peças e afirma que, após essa experiência, colocará à venda no seu catálogo roupas de inspiração desportiva. “Essa é a roupa que queremos vender pelo resto das nossas vidas”, confessou a Friedman.
Já esquecidas as polémicas peças da marca Bosco que colocaram em pé de guerra a indústria espanhola, a empresa desportiva será novamente a fornecedora dos uniformes da delegação espanhola no Japão, e que foram apresentados em junho por Mireia Belmonte e Saúl Craviotto, os atletas que serão os porta-bandeiras do país. A sustentabilidade, alinhada ao espírito destes Jogos Olímpicos, foi o fio condutor de uma coleção composta por uma linha de calçados e mais de trinta tipos de peças diferentes, confecionadas pela primeira vez a partir de plástico processado e depois transformado em fio de poliéster. A cor branca também é protagonista numa linha com os tradicionais detalhes em vermelho, amarelo e azul.
O espírito preppy mais uma vez se apodera do numeroso Team USA graças à nova coleção imaginada por Ralph Lauren para a delegação norte-americana, vestida pelo estilista desde 2008. As peças, fabricadas a partir de materiais sustentáveis, não renunciam ao clássico logo do cavalo da empresa e à bandeira do país, mas apostam num branco puro como epicentro estético. A inspiração naval também está presente, especialmente, num agasalho com gola azul-escuro que lembra a usada pelos soldados da Marinha norte-americana.
O Canadá leva a medalha de ouro na hora de conjugar o espírito olímpico com o streetwear graças ao que eles mesmos chamaram de “smoking canadiano”: uma jaqueta jeans repleta de grafittis, customizações e outros detalhes que homenageiam o seu país e a nação anfitriã. Um uniforme desenhado pela marca Hudson Bay em colaboração com a Levi’s e que, afirmam, “festeja a inclusão e a neutralidade de género ao mesmo tempo que captura um sentimento juvenil e de comemoração”.
97 anos após levar a medalha de bronze no torneio de duplas das Olimpíadas de Paris, René Lacoste volta a representar a França na maior competição desportiva do mundo. A marca do crocodilo veste a delegação francesa em Tóquio com uma coleção que homenageia o país organizador com referências aos quimonos e às cores da sua bandeira, mas na qual o impermeável oversize tricolor é a estrela indiscutível.
Comité olímpico do Brasil (COB) apresentou no dia 3 de junho os uniformes da delegação brasileira, desenvolvidos pela empresa chinesa Peak Sports, a sua patrocinadora oficial. Estes serão os primeiros Jogos Olímpicos desde que a Nike rompeu o patrocínio com o COB, em 2016. Desenvolvidas em fibras 100% poliéster, as roupas dos atletas destacam as cores nacionais: verde, amarelo, azul e branco. O Brasil também contará com roupas da Riachuelo, que ficará responsável pelos trajes casuais dos atletas, e a Wollner, marca que produziu as roupas para o desfile de abertura do evento, marcado para 23 de julho.
Após Stella McCartney ser a encarregada de vestir a delegação britânica nas últimas duas Olimpíadas, agora é a vez de Ben Sherman, ícone da moda sessentista, a encarregada de dar um atrativo olhar mod aos atletas das ilhas. As cores da Union Flag e o leão rugindo —símbolo nacional desde o século XI— inspiram a patriótica coleção, que estampa o lema Strong Through Unity (Força através da unidade) no forro de um emblemático agasalho Harrington perfeito para combinar com jeans… mesmo que o esporte não esteja entre as suas prioridades.
Como demonstraram as históricas edições de Berlim 1936, Munique 1972 e Los Angeles 1984, os Jogos Olímpicos ultrapassam o meramente desportivo até se erguerem como um evento geopolítico. No caso dos iminentes Jogos de Tóquio, já ocorreu o primeiro incidente burocrático entre duas das maiores potências do planeta e tem como epicentro os uniformes. A delegação da Índia anunciou em junho que rompeu o contrato de patrocínio com a empresa chinesa de roupa desportiva Li-Ning, indo às Olimpíadas sem nenhuma marca têxtil patrocinadora. A decisão da Índia veio após os pedidos de boicote contra a marca como resposta à violenta disputa militar com a China pelo controlo da fronteira do Himalaia.
Ainda que a bandeira russa esteja vetada nas Olimpíadas de Tóquio, olhando os uniformes dos atletas do país é difícil sabe-lo. Após a proibição do Tribunal Arbitral do Esporte (TAS na sigla em inglês) de que os atletas russos participem com o seu hino e bandeira em qualquer evento internacional até 2022 como punição por um escândalo de dopagem, o Comité Olímpico Internacional foi indulgente no momento de aprovar os modelos dos uniformes usados pela delegação russa, respeitando as cores distintivas do país e permitindo que compita com o logo do seu comité olímpico. Mas a palavra Rússia e qualquer alusão à simbologia nacional estará proibida.
Poucas equipes olímpicas podem se orgulhar de apresentar os seus uniformes a um público tão notável como Samuel L. Jackson, Richard Madden e Alexander Skarsgard. Esse é o caso da Itália, que desde as Olimpíadas de Londres entrega ao todo-poderoso Giorgio Armani o modelo dos seus uniformes e que apresentou na passarela de Milão a sua nova linha olímpica com a sua coleção primavera-verão 2020. A bandeira italiana domina o moletom negro protagonista do kit, aparecendo no formato de círculo para prestar homenagem à bandeira japonesa. Outro dos principais detalhes é que na gola do agasalho é possível ler o lema ‘Fratelli d’Italia’ (Irmãos da Itália), primeiro verso do seu hino nacional.
“Minimalismo e atemporalidade”. A tradicionalmente extravagante —em relação ao estilo— delegação australiana apostou dessa vez por modelos casuais que mantêm vigente a paleta ouro e verde clássica do país, incorporando referências da “floresta de luzes elétricas e cores vibrantes” da capital japonesa. Criada pela empresa de moda desportiva Sportscraft, a peça principal da coleção é um paletó cinza feito sob medida, em cujo forro estão gravados os nomes dos 320 atletas olímpicos nativos que penduraram uma medalha de ouro no seu pescoço. Quantos serão acrescentados a esse paletó a partir de julho?
Os anfitriões apostaram nas cores da sua bandeira nacional para desfilar na Cerimónia de Inauguração que ocorrerá em 23 de julho. O look, assinado pela empresa Aoki, homenageia o modelo usado pelos atletas nos últimos Jogos realizados na cidade, em 1964, e será a primeira vez que tanto atletas olímpicos como paralímpicos usam os mesmos uniformes.
A estilista mais inexperiente de qualquer um dos uniformes olímpicos que veremos em 23 de julho na cerimónia inaugural das Olimpíadas se chama Iina Lehto. Esta estudante universitária venceu um concurso promovido entre as escolas de arte pela empresa têxtil Icepeak para encontrar “um conceito criativo fresco” para a coleção da Finlândia e Lehto teve a honra de ver como a sua ideia foi estampada nos trajes da federação olímpica do seu país.
Fonte: Brasil.ElPais.com
Numa nova ronda pelas propostas de moda masculina para o verão de 2022, Paris voltou a ser o culminar do calendário internacional. Durante seis dias, casas históricas como Christian Dior, Birberry, Hermès e Louis Vuitton desfilaram ao lado de criadores já consolidados — Isabel Marant, Dries Van Noten ou Thom Browne. No alinhamento de apresentações, que chegou ao fim no último domingo, houve espaço para a moda portuguesa. Ernest W. Baker, a marca de Reid Baker e Inês Amorim, voltou a picar o ponto em Paris e a chamar as atenções da imprensa internacional.
Destaque para os criativos ao leme dos grandes impérios de moda. De contextos tão diversos como Itália ou Estados Unidos, impõem a sua própria linguagem enquanto diretores criativos dão um cunho pessoal ao ADN de marcas há décadas implementadas no mercado. Acontece com a Burberry de Tisci, com a Vuitton de Virgil Abloh e com a Dior do britânico Kim Jones, que desta vez contou com um célebre braço direito, o rapper Travis Scott.
Há três anos que Riccardo Tisci parece estar a dosear aqueles que são os seus traços e o seu estilo particular numa matriz repleta de história e elementos bandeira. Com uma herança que se entende por mais de um século e meio, a Burberry tem visto a sua silhueta, bem como os seus grande clássicos, reatualizada à luz das referências estéticas do criador italiano. Mas Tisci, que antes de aterrar na marca britânica deixou uma marca indelével na história da Givenchy, nunca tinha deixado que a sua própria linguagem falasse tão alto como na coleção apresentada na última semana. Com um deserto árido como cenário, o criador começou por propor desconstruções de peças tão emblemáticas como o trench e o carcoat, para depois de descolar quase por completo das referências do pronto-a-vestir britânico e mergulhar num registo mais underground e minimal, misturando influências do streetwear e do workwear.
Já a marca deixada por Virgil Abloh na linha masculina da Louis Vuitton parece ser cada vez mais vincada. Nos últimos três anos, o norte-americano não adicionou apenas novas cores ao pronto-a-vestir desta maison centenária — existe hoje um novo léxico, onde a diversidade cultural e a inclusão de estéticas e subculturas foram substituindo uma silhueta enraizada na alfaiataria clássica. Tie-dye, motivos florais, color block, saias volumosas, tons néon e uma mescla de sportswear e streetwear. Um desfile que Abloh complementou com um curta-metragem de 16 minutos realizada por Mahfuz Sultan e onde voltou a cruzar as referências mais improváveis — do soul e do funk do final dos anos 60 ao kendo, uma arte marcial japonesa.
Para a Dior de Kim Jones (outro forasteiro em Paris, desta vez vindo do Reino Unido), a última sexta-feira foi especial. Não só o criador conseguiu organizar o seu primeiro desfile com público desde que a pandemia despontou na Europa, como uniu esforços com Travis Scott para antecipar a próxima estação quente. O resultado foi um cruzamento dos arquivos Dior, aos quais o rapperde 29 anos acedeu no âmbito deste trabalho a quatro mãos, com uma inspiração claramente americana trazida para a equação por alguém que nasceu e cresceu em Houston, no Texas. O imaginário contaminou a coleção de Jones, a começar pela paleta, onde se destacaram os verdes e os rosas, numa base composta por tons terra, referência inequívoca à paisagem daquela região. A colaboração foi além da roupa. Camisas pintadas à mão pelo artista George Condo vão ser leiloadas para financiar um novo programa de bolsas criado por Travis Scott, com o objetivo de proporcionar a jovens estudantes nos Estados Unidos o acesso a formação na Parsons School of Design, em Nova Iorque.
A aquisição foi feita por 250 milhões de dólares (cerca de 220 milhões de euros) e prevê que a Stadium Goods, fundada em 2015, seja uma subsidiária detida na totalidade pela Farfetch, mantendo a equipa fundadora – John McPheters e Jed Stiller – na gestão.
Em comunicado, José Neves, fundador, CEO e copresidente do conselho de administração da Farfetch, afirma a sua satisfação pelo negócio. «Tendo já colaborado com esta equipa excecional através da Farfetch, é claro que esta é uma grande oportunidade para as nossas duas empresas aproveitarem as forças uma da outra para conseguir uma quota maior deste segmento da moda de luxo entusiasmante e em rápido crescimento», revela.
Os elogios de José Neves à Stadium Goods vão mais longe, com o empresário português a destacar que a equipa da Stadium Goods «construiu uma empresa fantástica, com um conjunto de pessoas talentosas, clientes dedicados e fiéis e um valor de marca impressionante». O CEO da Farfetch acrescenta ainda estar «confiante de que podemos ajudar a Stadium Goods a aumentar a sua presença internacional em todo o mundo através do nosso conhecimento em tecnologia, logística e dados». A Farfetch, por seu lado, aponta José Neves, «irá beneficiar da marca da Stadium Goods, do acesso ao aprovisionamento e de uma equipa com uma forte paixão e conhecimento do streetwear de luxo».
Além da plataforma online de vendas, a Stadium Goods conta com uma app para iOS e Android, uma loja física no Soho, em Nova Iorque, e tem os seus artigos à venda na Farfetch desde abril de 2018, tendo registado fortes vendas desde o início. Após a aquisição, a Stadium Goods vai continuar a operar como uma marca independente, com o seu inventário a ser completamente integrado na plataforma da Farfetch e disponibilizado em todos os mercados.
Um futuro antecipado com expectativa por John McPheters, cofundador e co-CEO da Stadium Goods. «Não podíamos estar mais entusiasmados por nos juntarmos à família Farfetch numa altura em que estamos a entrar na próxima fase da nossa evolução enquanto marca mundial», refere em comunicado, asseguranto que com a capacidade logística e tecnológica da Farfetch, e com a base de consumidores da plataforma de moda de luxo, «estaremos numa posição privilegiada para capitalizar a procura internacional massiva de ténis e streetwear. O José e a sua equipa partilham uma visão semelhante sobre o futuro da moda e do retalho e juntos acreditamos que as inúmeras sinergias e a nossa combinação cultural irrepreensível irá fazer desta uma parceria perfeita».
Um mercado em crescimento
As duas empresas estão a tentar ganhar quota num mercado que está em rápido crescimento. De acordo com a Bain & Co, citada pelo Business of Fashion, o mercado online de moda de luxo deverá crescer de uns estimados 26 mil milhões de euros em 2018 para um valor entre 80 e 91 mil milhões de euros em 2025. Os ténis são uma parte fulcral deste desenvolvimento, estimando-se que em 2017 tenham gerado 4 mil milhões de dólares, enquanto o mercado de sportswear premium atingiu os 70 mil milhões de dólares.
Desde que entrou na Bolsa de Valores de Nova Iorque, a Farfetch deixou claro que pretende explorar novos mercados, nomeadamente a China e o Médio Oriente, e adicionar marcas e retalhistas à plataforma.
A empresa liderada por José Neves, que anunciou vendas de 310 milhões de dólares na sua plataforma no terceiro trimestre, equivalente a um aumento de 53% face ao mesmo período do ano anterior, tem vindo a adquirir outros negócios, incluindo a agência chinesa de marketing digital CuriosityChina, em julho, e a retalhista britânica Browns, em 2015.
A Stadium Goods abriu a loja no Soho em 2015, tendo começado por revender ténis de edição limitada para um mercado cada vez maior de fãs de ténis, dispostos a gastar milhares de dólares por modelos raros. Em janeiro de 2017, a empresa angariou 4,6 milhões de dólares numa ronda de financiamento liderada pela Forerunner Ventures e em fevereiro de 2018 o LVMH comprou uma quota minoritária no negócio. No ano passado, a Stadium Goods registou vendas superiores a 100 milhões de dólares.